sábado, 20 de agosto de 2011



Em relação a todos os actos de iniciativa e de criação, existe uma verdade fundamental, cujo desconhecimento mata inúmeras ideias e planos esplêndidos. A de que, no momento em que nos comprometemos, a Providência move-se também. Toda espécie de coisas ocorrem e acontecem para nos ajudar, que, de outro modo, não teriam acontecido.
Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir, a nosso favor, toda sorte de incidentes, encontros e assistência material, que nenhum homem sonharia que viesse em sua direcção.
O que quer que possa fazer ou sonha fazer, ou sonha que possa, faça-o. Coragem contém genialidade, poder e magia. Comece-o agora.
Goethe

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Lição do Bambu
"Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas, uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída.
Um escritor americano escreveu:
"Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês": você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos.
Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará e, com ele, virá um crescimento e mudança que você jamais esperava...
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos... Especialmente no nosso trabalho, (que é sempre um grande projeto em nossas vidas) é que devemos lembrar do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.


Tenha sempre dois hábitos:
Persistência e Paciência, pois você merece alcançar todos os sonhos!!!
É preciso muita fibra (vontade, confiança, generosidade e bondade) para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita
flexibilidade (humildade, consciência, inteligência) para se curvar ao chão."
Autor desconhecido

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Shodoka a Canção da Liberdade



Já alguma viste alguém no Caminho? 

Além da acção e além do aprender, 
a pessoa está livre, 

não luta contra ilusão 
ou não se apega à verdade. 

A pessoa vê a natureza da ignorância 
como a própria Consciência Essencial, 

e a ilusão do próprio corpo da pessoa 
é o Reino da Realidade. 

Percebendo completamente 
o Reino da Realidade como sem objecto, 

a pessoa acha em si mesmo a fonte de todas as coisas 
e sua própria natureza como a Consciência Desperta. 

Os cinco agregados surgem e se deterioram como 
nuvens sem propósito, 
as três orientações torcidas vêm e vão 
como bolhas de água. 

A veleidade se percebe, nem ego nem coisas existem; 
num momento causa e efeitos são livres. 

Se qualquer coisa que eu digo é falsa 
que minha língua seja arrancada durante eternidades incontáveis. 

Em um único momento de despertar directo 
para o Zen de Realidade como uma presença contínua, 
as seis perfeições e meios hábeis incontáveis 
estão completos.

Os seis reinos de existência são um sonho, 
despertando-se não serão achados eles em nenhuma parte. 

Nenhum erro, nenhuma felicidade, nenhuma perda, nenhum ganho; 
você não achará estes na Natureza Actual. 

Tendo deixado de esfregar pó do espelho, 
seu brilho é completamente visto. 

Quem é que pensa 
no não-pensamento e não-existência? 
O não-nascido é percebido 
dentro do nascido.

domingo, 7 de agosto de 2011

O Tao (Lao Tse)



Só temos consciência do belo
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom
Quando conhecemos o mal.
Só temos consciência da vitória
Quando conhecemos a derrota.
Ser e existir caminham juntos.
Fácil e difícil se apóiam.
Grande e pequeno definem um e outro.
Alto e debaixo dependem um do outro.
Antes e depois se complementam.
Eis por que o sábio age pelo não agir
E ensina sem falar.
Coisas surgem e ele aceita.
Coisas desaparecem e ele não resiste.
Tudo tem e nada possui.
Tudo faz e nada espera.
Termina sua obra
E sempre está no princípio.
E por isso sua obra é eterna.
A vida suprema é como a água;
nutre tudo, sem tentar.
Em silêncio, se adapta.
aquele, que os homens desprezam…
A água é como o Tao.
Na morada, base.
No pensamento, simplicidade.
No conflito, justo e generoso.
No controle, não controle.
No trabalho, prazer.
Na família, presença
Quando nos contentamos em Ser,
pura e simplesmente Ser,
sem comparar, sem competir…
Realizamos o Essencial.
Encha o vaso até a borda,
Nem uma gota a mais
Afie a faca não mais que o necessário
E ela terá o corte perfeito
Persiga a fama e a vaidade
E seu coração nunca se abrirá
Dependa da aprovação alheia
E torne-se um prisioneiro
O sábio faz o que tem que fazer
E se afasta…
Assim realiza o céu em si mesmo
Pode você dominar a mente das suas dispersões
E mantê-la na sua unidade original?
Pode você deixar o corpo tornar-se flexível
Assim como um recém nascido?
Pode você limpar a visão interna
até que nada se veja, exceto luz?
Pode você amar as pessoas e liderá-las
sem impor a tua vontade?
Pode você lidar com as questões vitais
deixando as coisas tomarem o próprio rumo?
Pode você dar um passo atrás e entender todas as coisas?
Dar o nascimento e o alimento
Ter sem possuir
Agir sem esperar.
Liderar sem controlar.
Este é o caminho da realização.

Retorna à raiz da raiz de ti mesmo

Não te afastes
Chega bem perto
Creia. Não sejas infiel
Encontra o antídoto no veneno
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Moldado em barro, misturado porém a substância da certeza
Tu, guardião do tesouro da luz sagrada
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Ao vislumbrares a dissolução
Serás arrancado de ti mesmo
E libertado de tantas amarras
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Nasceste dos filhos, dos filhos de Deus
Mas fixaste muito abaixo a tua mira
Como pode ser feliz assim?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
És o talismã que protege o tesouro
E também a mina onde se encontra
Abre teus olhos. Vê o que está oculto
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Nasceste de um raio da majestade de Deus
E carregas a bênção de uma estrela generosa
Por que sofrer nas mãos do que não existe?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Aqui chegaste embriagado e dócil
Da presença daquele doce amigo
Que com o olhar cheio de fogo, roubou nossos corações
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo
Nosso mestre e anfitrião
Colocou a taça eterna diante de ti
Glória Deus, que vinho tão raro!
Vem. Retorna à raiz da raiz de teu ser
por Jalāl Rūmī